04 marzo, 2013

A univocidade do Ente segundo Duns Scoto




I – Introduçao


Para entender o sentido teórico dos escritos de Duns Escoto[1], à sua doutrina metafisica, propomos o seguinte itinerário: partindo da relação entre filosofia e teologia, chegar à univocidade do ente e à sua caracterização como objeto primeiro do intelecto, rampa de elevação da alma a Deus

II – Distinção entre Filosofia e teologia

Escoto propõe a clara distinção entre a filosofia e a teologia. A filosofia tem uma metodologia e um objeto não assimiláveis à metodologia e ao objeto da teologia; mesmo sabendo qu elas «se necesitan mutuamente, tanto para explicar la fe como para clarificar el pensamiento»[2]. É importante precisar as respectivas esferas da ação e as orientações específicas da filosofia e da teologia.
A filosofia ocupa-se do ente enquanto tal e de tudo o que é redutível a ele ou dele dedutível. Já a teologia, ao contrário, trata dos objetos de fé. A filosofia segue o procedimento demonstrativo; a teologia, o procedimento persuasivo. A filosofia detém-se na “lógica do natural”, a teologia move-se na “lógica do sobrenatural”. A filosofia é essencialmente especulativa, porque visa conhecer por conhecer. A teologia, ao contrário, é tendencialmente prática, porque nos coloca a par de certas verdades para nos induzir a agir mais corretamente[3]. A filosofia não melhora, se colocada sob a tutela da teologia, nem esta se torna mais rigorosa e persuasiva, se utilizar os instrumentos e tender aos mesmos fins que a filosofia[4].
Resolvido o problema da relaçao entre filosofia e teologia, Escoto presenta uma soluçao pratica para a superaçao das bareiras entre filosofos e teologos – como ele prefere falar, ao invés de filosofia e teologia –, a soluçao incontra-se no sugeito; isto è, em que o sujeito seja, ao mesmo tempo, filosofo e teologo; como era o seu caso[5]. Neste caso, o resultado da mente do filosofo-teologo è a geraçao da metafisica, uma «nova ciencia, com o seu metodo proprio e seu objeto proprio e adequado à inteligencia humana […]»[6]. A desscoberta da metafisica abre o discurso para a tese escotista da univocidade do conceito de ente – pedra angular de toda a sua metafisica –, onde o intendimento pode dispor-e a conhecer qualquer realidade humana e divina[7].
Le "Quaestiones" di Giovanni Scoto
 (manoscritto del sec. XIV-XV): iniziale decorata

  III – A univocidade do ente

Quando se fala em univocidade a propósito da filosofia escotista, o que se pretende é falar da simplicidade irredutível à qual todos os conceitos complexos devem ser conduzidos[8]. Ou seja, trata-se daqueles conceitos que Escoto chama de conceitos simpliciter simplices, no sentido de que cada um deles não é identificável com nenhum outro, conceitos que só são possíveis de negar ou afirmar de um sujeito, mas não ambas as coisas juntas[9]. Como exemplo, podemos citar a possibilidade do pode acontecer a propósito dos conceitos analógicos, que, dada a sua complexidade, podem ser afirmados e negados ao mesmo tempo, em relação ao mesmo sujeito, sob ângulos diferentes. A esse propósito, no seu Ordinatio, Escoto é absolutamente lúcido: “Chamo de unívoco um conceito que é de tal modo uno que sua unidade é suficiente para provocar contradição quando é afirmado ou negado de uma mesma coisa[10].
Entre todos os conceitos unívocos, o conceito primeiro e mais simples é o de “ente”, porque pode ser dito de tudo aquilo que existe de algum modo. O conceito de ente pode ser fixado prescindindo dos modos específicos em que eles efetivamente se concretizam. Nesse casos, tem-se então o conceito simples e, portanto, unívoco do ente, que é universal porque aplicável a tudo aquilo que existe de maneira unívoca. Com efeito, ele se aplica tanto a Deus quanto ao homem porque ambos existem. A diferença entre Deus e o homem não está no fato de que o primeiro exista e o segundo não, mas sim que o primeiro existe de modo infinito e o segundo de modo finito. Ora, deixando-se de lado os modos de ser, o conceito de ente aplica-se a ambos da mesma forma[11].
Pelo fato de prescindir dos modos de ser, o conhecimento de tal conceito não permite identificar os traços específicos dos seres aos quais se aplica. A noção unívoca do ente é de índole metafísica, no sentido de que expressa a essência mesma do ser ou o ser enquanto ser, não a totalidade dos seres ou a sua soma.
O intelecto foi feito, para Escoto, para conhecer o ente unívoco ou o ente enquanto ente. Como, sendo unívoco, o ente é aplicável a tudo aquilo que existe, da mesma forma o intelecto é feito para conhecer tudo aquilo que existe, material e espiritual, particular e universal. Com o seu pensamento, o homem pode abarcar o universo. Por sua universalidade, o conceito de ente enquanto ente indica a extensão ilimitada do nosso intelecto[12]. Na condição humana atual, o intelecto humano é obrigado a seguir o processo de abstração e, portanto, a alcançar o inteligível prescindindo – pela abstração – da riqueza efetiva da realidade concreta. Assim, é necessário colocar ao lado da filosofia, em posição subalterna e autônoma, as ciências em particular e, para os aspectos da salvação da nossa existência, a teologia.
Não há necessidade de nenhuma prova da existência do ente finito, porque ele é objeto da experiência imediata e cotidiana, no entanto, urge uma precisa demonstração da existência do ente infinito, porque ele não constitui um dado da evidência imediata. Se o conceito de ente infinito não é contraditório em si mesmo - ao contrário, parece que a noção unívoca de ente encontra na infinitude a sua realização mais completa - tal conceito representa efetivamente alguma coisa? Em outras palavras: entre os entes existentes há algum do qual se possa dizer que é verdadeiramente infinito?[13]
A prova parte de alguns dados importantes. Se o mundo existe, é absolutamente certo e necessário que ele pode existir. Ainda que desaparecesse, continuaria sendo verdadeiro que o mundo pode existir, visto que já existiu.
Estabelecida a necessidade da possibilidade, Escoto pergunta-se qual é o seu fundamento ou causa. O fundamento de tal possibilidade não é o nada, porque o nada não é fundamento ou causa. Também não é constituído pelas próprias coisas, porque não é possível que as coisas possam dar a existência que ainda não têm. Então, é necessário pôr a razão de tal possibilidade e um ser diferente do ser produtível. Ora, esse ser que transcende a esfera do produtível ou das coisas possíveis existe e atua por si mesmo ou existe e atua em virtude de outro ser. No segundo caso, propõe-se a mesma pergunta, porque ela dependeria de outro, sendo por seu turno produtível. No primeiro caso, temos um ente em condições de produzir, mas que não é de modo algum produtível[14].
Assim, chegamos ao ente que se buscava, porque explica a possibilidade ou produtividade do mundo sem que sua existência. Se as coisas são possíveis, também é possível um ente primeiro. Mas tal ente é só possível ou existe de fato? A resposta é que tal ente existe de fato, porque, se não existisse, também não seria possível, considerando que nenhum outro estaria em condições de produzi-lo. Assim, se é possível, o ente primeiro é real. Mas qual é a sua conotação específica? A infinitude, porque é supremo e ilimitado. Só o ser infinito é Ser no sentido pleno da palavra, porque é fundamento de todos os entes e, antes ainda, de sua possibilidade.

IV – O princípio da individualização e o haecceitas

Escoto afirma o primado do individual, negando existir, em si ou em Deus, a natureza ou a essência da qual os indivíduos participariam[15]. Interpretar o singular como participação no universal seria conceder demais à concepção pagã, que desdenha um e exalta o outro, e não leva em consideração o ato criador de Deus e sua providência. Deus conhece a todos, singularmente, confiando a cada qual um lugar preciso na economia geral da salvação pessoal.
Para Escoto, nem a matéria, essencialmente indeterminada, nem a forma, indiferente à individualidade e à universalidade (sendo, por natureza, comum a todos os entes da mesma espécie) e, conseqüentemente, nem mesmo o composto podem ser causa das características e das diferenças individuais.
“Essa entidade (a individualidade) não é nem matéria, nem forma, nem composto, no sentido de que cada um deles é natureza, mas é a realidade última daquele ente que é matéria, que é forma, que é composto”. Escoto sustenta, então, que a realidade última explica a individualidade, isto é, a sua perfeição, graças à qual uma realidade “haec est”, é esta e não outra. Daí o termo “haecceitas”, que indica a formalidade ou perfeição pela qual cada ente é o que é e se distingue de todo outro ente. O ente pessoal é um universal concreto, porque, em sua unicidade, não é parte de um todo, mas sim um todo no todo. O homem – cada homem – não é uma determinação do universal. Enquanto realidade singular no tempo e irrepetível na história, ele, na realidade, é supremo e original, porque, graças à mediação de Cristo, destina-se ao diálogo com o Deus uno e trino da Escritura[16].

V – Conclusione

O elevadíssimo conceito – o do ente infinito –, ao qual o nosso intelecto pode chegar, expressa verdadeiramente a riqueza pessoal de Deus, a ponto de satisfazer as nossas exigências existenciais e mostrar a inutilidade da teologia e, antes dela, da Revelação? Escoto responde que não. Para ele, esse conceito é pobre e insuficiente, porque não nos consegue introduzir na riqueza misteriosa de Deus.
Escoto proclama as possibilidades e os limites da filosofia. E proclama o espaço e a necessidade da teologia.
Em relação ao embate entre Duns Escoto o Tomismo, podemos enunciar, a guisa de conclusão, em pelo menos 6 pontos de conflito. Vejamos, pois, sinteticamente, cada uma delas: 1) Escoto propõe a doutrina da distinção para submeter a análise os conceitos complexos para reduzi-los a conceitos simples; Tomás admite a distinção dos conceitos mediante a teoria da abstração e a teoria da analogia; 2) Escoto propõe que o ser é um conceito unívoco; Tomás afirma que o conceito é análogo; 3) Escoto afirma que o ente unívoco é objeto do intelecto; Tomás sustenta que o ente é o que primeiro apreende o intelecto, mas o ser é análogo; 4) Escoto rejeita as demonstrações que partem da experiência para se chegar ao ente necessário; Tomás se vale das demonstrações a posteriori para provar a existência do necessário; 5) Escoto admite que o princípio da individuação é o próprio ser; Tomás coloca na matéria assinalada pela quantidade a individuação dos entes corpóreos; e, 6) Escoto afirma que o bem não depende do ser, mas apenas de Deus; Tomás sustenta que ser e bem são conversíveis, de tal modo que onde houver ser há o bem[17].

VI – Bibliografia

G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, I, Brescia, La Scuola, 199821.
J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, Madrid, BAC, 2001.
N. Abbagnano, Storia della filosofia, I, Torino, UTET, 2006.
Aquinate, portal elettronico de Estudos Tomistas [http://www. aquinate.net/p-web/PortalTomismo/Antitomistas/ antitomistas-duns-escoto.htm.
B. García, Beato Giovanni Duns Scoto, Appunti per la scuola ad sum privatum, Pontificia Università Antonianum, Roma 2007.


[1] João Duns Escoto, Franciscano, filósofo e teólogo escolástico nasceu em 1265/66 em Maxton (Escócia), e morreu no dia 8 de Novembro de 1308 em Köln. O “Doutor Sutil”. Chamado por seus contemporâneos de Doctor Subtilis pela fineza e profundidade de sua doutrina, João Escoto nasceu no povoado de Duns, na Escócia, em 1266, quando Tomás de Aquino e Boaventura de Bagnoregio encontravam-se no auge de sua produção científica. Ele se formou e trabalhou nos dois maiores centros de estudo da época: Oxford e Paris. Na Universidade de Oxford, caracterizada pela tradição “científica” de Grosseteste, Roger Bacon e Peckham, ele aprendeu uma concepção extremamente rigorosa de “procedimento demonstrativo”. Em Paris, centro de polêmicas entre tomistas, averroístas e agostinianos, ele amadureceu a necessidade de ir além daqueles contrastes, baseando-se, por um lado, na autonomia e nos limites da filosofia e, por outro, no âmbito específico e na riqueza dos problemas da teologia. Aluno do convento franciscano de Haddington, Escoto vestiu o hábito de são Francisco em 1278, incentivado por um tio, Elias. Estudou teologia em Northhampton, na Inglaterra, onde foi ordenado sacerdote em 1291. Enviado a Paris nos anos 1291-1296 para aprofundar seus estudos filosóficos e teológicos, voltou depois para a Inglaterra, indo trabalhar no estúdio dos Frades menores, anexo à Universidade de Cambridge, onde começou a comentar as Sentenças de Pedro Lombardo. De Cambridge, foi para Oxford (1300-1302) e daí para Paris (1302- 1303). Tendo rejeitado, juntamente com outros professores da Universidade, o apelo de Filipe, 0 Belo, ao concílio contra o papa Bonifácio VIII, foi obrigado a deixar Paris e retomar a Oxford. Em 1304, O ministro-geral da ordem franciscana, Gonsalvo Hispano, que fora seu professor, apresentou-o à Universidade de Paris para a obtenção da licenciatura em sagrada teologia, que lhe foi conferida em 1305, recebendo logo depois a regência do estúdio dos frades menores. Mas, devido às crescentes tensões entre o imperador e o papa, Escoto foi chamado para o estúdio de Colônia, onde, depois de um ano de ensino, morreu em 1308, sendo sepultado na Igreja de são Francisco, naquela cidade. O dístico que está esculpido em seu túmulo resume muito bem o que foi sua vida atormentada: “Scotia me genuit,/ Anglia me suscepit, Gallia me docuit,/ Colonia me tenet”. Cfr. G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, I, Brescia, La Scuola, 455-456; J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, Madrid, BAC, 2001, 257-259; N. Abbagnano, Storia della filosofia, I, Torino, UTET, 2006, 623-625; Aquinate, portal elettronico de Estudos Tomistas [http://www.aquinate.net/p-web/PortalTomismo/Antitomistas/ antitomistas-duns-escoto.htm (Acesso, 07/05/07)].
[2] J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 260.
[3] Cfr. G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, 456; J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 260-261.
[4] Cfr. B. García, Beato Giovanni Duns Scoto, Appunti per la scuola ad sum privatum, Pontificia Università Antonianum, Roma 2007, 3.
[5] J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 262; B. García, Beato Giovanni Duns Scoto, Appunti per la scuola ad sum privatum, 2.
[6] B. García, Beato Giovanni Duns Scoto, Appunti per la scuola ad sum privatum, 2.
[7] Cfr. J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 262.
[8] B. García, Beato Giovanni Duns Scoto, Appunti per la scuola ad sum privatum, Pontificia Università Antonianum, Roma 2007, 28-29.
[9] Cfr. G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, 457.
[10] J. Duns Scotus, Ordinatio, in: J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 263.
[11] Cfr. G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, 457.
[12] Cfr. Ibid., 457-458.
[13] G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, 458.
[14] Cfr. Ibid., 458-459.
[15] Cfr. J.A. Merino, Historia de la filosofia medieval, 271.
[16] G. Reale- D. Antiseri, Il pensiero occidentale dalle origini ad oggi, 462.
[17] Cfr. Aquinate, portal elettronico de Estudos Tomistas [http://www.aquinate.net/p-web/Portal- Tomismo/Antitomistas/antitomistas-duns-escoto.htm (Acesso, 07/05/07)].

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