Hoje na versão web do Corriere dela sera (www.corriere.it) pesquisa sobre sexo: os italianos declaram ter 108 relações sexuais ao ano ( 2x/semana); Para 25% da amostragem, estas "relações" duram apenas 2 minutos. Que são: coelhos, lebres? Nestas estatísticas entram casados e solteiros, heteros e homos, adultos e adolescentes. Alguém consegue conceber uma relação sexual que dure 2 minutos? O sexo "solitário", um velho eufemismo pra referir-se à masturbação, num tempo em que o pudor não permitia conceber que tal prática fosse solitária? Penso que, mesmo entre casais, existem casos - não me permito, porém, de avançar previsões - em que o ato de amar tenha chegado a este ponto, instrumental; um fim em si, ao invés de um meio. Aqui entrar uma questão crucial? A educação sexual. Entendamos: educar não é, necessariamente, sinônimo de instruir. Vejamos o porque.
Uma de minhas "irmãs do meio", comprava, na segunda metade dos anos 80 uma revista para jovens de classe média - não era o seu caso - que si chamava Carícia. Acho que em parte ela, mas eu também, aprendemos muitos sobre sexo, sopre as crises da adolescência, e o mundo pequenos burguesia sociedade paulistana alí ( A revista era redigida em Sampa ). Já naquela época se falava com uma certa naturalidade de relações sexuais na adolescência, de masturbação e da frequência com que se praticava, ... De problemas generacionais, relações entre coetâneos, com os pais. E lembro-me qua a cada mês a revista trazia o perfil de um artista: signo, idade, altura, gostos,... E o tamanho do seu "aquilo". Imaginem! Bred Pitt, Johnny Deep, Rick Martin,... Todo mundo com seu "aquilo" catalogado e publicado. E depois dizem, hipocritamente maravilhados: est@s menin@s de hoje?
Quando tive em mãos o primeiro preservativo, na pré-adolescência, fiz um balão de soprar. Eram extremamente borrachudos, quase brancos e ainda vinham com aquele pó branco e com o famoso made in USA. Poucos anos depois, vi minha mãe meio sem jeito dizer-me: toma! Pegue! É pra você! Fiquei sem jeito! Não disse nada! Minha mãe, com um desengonçado gesto disse tudo. Com o tempo fui aprendendo que poderia comprar, que existia a Jontex - sem pó, com lubrificante, que existiam três medidas - P, M, G -; e que, enquanto eu não sabia, ou não entendia, o que era o amor esmerado em Cristo, com sua profundidade, intensidade e responsabilidade, estava bem deste modo. Naqueles anos em que a AIDS ia revelando-se como a praga que não faz acepção de sexo, tínhamos que defender o-nos com as armas que tínhamos em mãos. E no geral, independente de AIDS e demais DST's, enquanto não chegava a cura mais radical... O mal menor era não rejeitar os paliativos.
Quando tive em mãos o primeiro preservativo, na pré-adolescência, fiz um balão de soprar. Eram extremamente borrachudos, quase brancos e ainda vinham com aquele pó branco e com o famoso made in USA. Poucos anos depois, vi minha mãe meio sem jeito dizer-me: toma! Pegue! É pra você! Fiquei sem jeito! Não disse nada! Minha mãe, com um desengonçado gesto disse tudo. Com o tempo fui aprendendo que poderia comprar, que existia a Jontex - sem pó, com lubrificante, que existiam três medidas - P, M, G -; e que, enquanto eu não sabia, ou não entendia, o que era o amor esmerado em Cristo, com sua profundidade, intensidade e responsabilidade, estava bem deste modo. Naqueles anos em que a AIDS ia revelando-se como a praga que não faz acepção de sexo, tínhamos que defender o-nos com as armas que tínhamos em mãos. E no geral, independente de AIDS e demais DST's, enquanto não chegava a cura mais radical... O mal menor era não rejeitar os paliativos.
O sentido do amor no sexo - e do sexo no amor - a altitude desse ato de doação dentro não somente do contexto de vida cristã, mas de prevenção mais radical a todos os males ginecológicos e andrológicos, passaria pela fidelidade, pela abstinência em certos contextos. Mas esta educação sexual não nos passavam, nem na família, nem entre amigos, nem na escola, nem na Igreja,... Num país de fama sexualmente fogosa, de casamentos e uniões estáveis entre jovens adolescentes numa percentagem não indiferente, com casos de abortos assustadores e de paternidade e maternidade em tenra idade, a educação sexual era tabu. Falava-se, em surdina, de coisas de mulheres, coisas de homens,...era importante ter gonorreia, sífilis, como se a ignorância sexual fosse um rito de passagem obrigatório daquela fase onde não sei mais menino e, sim, homem.
Ainda me lembro de uma de minhas irmãs urrando com as dores pré-menstruais. Quis saber por que ela fosse menos felizarda do que eu, que ao invés de dor, só conhecia o prazer. Acho que foi minha mãe que respondeu-me em um primeiro momento: " é coisa de mulher!". Mas, pra bem da justiça, explicaram-me em casa, qualquer tempo depois. O resto, aprendi na escola. O outro resto, que não é um valor acrescentado à nossa dimensão sexual, acho que só aprendi pois tornei-me um clérigo; pois estou convencido que ainda exista um deficit enorme por parte da religião que professo em relação à educação de seu membros.
Noto, ainda um pieguismo que faz de um tema tão atual e tocante, um motivo de risada, às vezes de repúdio em função do modo como é tratado. Quando é tratado. Acho que falta gente preparada para trabalhar uma temática tua atual. E, às vezes, o uso de longínquas metáforas só distanciam, ainda mais, a atualidade da temática. Podemos ser diretos sem sermos vulgares!
Noto, ainda um pieguismo que faz de um tema tão atual e tocante, um motivo de risada, às vezes de repúdio em função do modo como é tratado. Quando é tratado. Acho que falta gente preparada para trabalhar uma temática tua atual. E, às vezes, o uso de longínquas metáforas só distanciam, ainda mais, a atualidade da temática. Podemos ser diretos sem sermos vulgares!
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