29 settembre, 2013

Chat 2: chat, sala de bate-papo, Meeting, Orkut, Facebook et alii

   
  
     
     Quando escutei Eduardo e Mônica, cantado pelo Legião Urbana, amava aquele refrão que "prologando" recitava: "quem um dia irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração, quem irá dizer, que não existe razão?!". Esta frase pascaliana era fascinante, pois revelava que nem tudo era guiado pela positivista racionalidade que pensa que somente o racional é real, que o real é racional. Qual razão?
     Por outro lado, o desenvolver daquela música falava de pessoas tão opostas, tão diversas, de mundos tão distantes,... racionalmente eu não entendia como fosse possível! Passei a apreçar a música, mas a pensar que, era uma poesia - merecedora da licença poética para poder avançar no ninho farpado da racionalidade rígida - que pretendia ser uma bandeira; a bandeira dos transgressivos, dos sonhadores, dos inconformados, de quem busca mais razões para a razão de sermos humanos, utópicos e humanamente insatisfeitos. Então, pascalianamente me pergunto: quem irá dizer que não exista razões que a razao desconheça?
     Há razões para pensar que se possa encontrar o amor de nossas vidas enquanto fazemos compras? Enquanto estamos frequentando a universidade, o ensino fundamental ou médio? Conheço casais bem casados que se conheceram ainda meninos, brincaram, se amaram; biblicamente, se conheceram,... E estão juntos até hoje! Podemos encontrar o amor de nossa vidas num trem, num ônibus, num avião, na rua, na praia, num parque, num bar, num teatro, num shopping, numa igreja, numa palestra, numa conferência, numa conferência, num retiro, numa discoteca, na balada, num baile, numa festa; debaixo de um trio, no carnaval; num show junino, numa quermesse,... O amor não tem lugar preciso, ele preenche tudo, sendo o Tudo, está em tudo sem ser o todo - longe de mim o panteísmo e o juízo de alguém que mal ou bem- intencionalmente  ler este post -; mas, deixando a profundidade de lado, como diria Belchior, voltemos aos lugares do amor. Pois, nos tempos nossos, nos tempos de hoje, o amor está na rede, na web, na internet. Antes que se decomposição o finado Orkut, quem não amou por ali? A partir dali? No Facebook? No Meeting? Nas brasileiras salas de bate-papo do yahoo, no falecido MSN? E dou razão a quem respondeu positivamente com Fernando Pessoa, que soube louvar as peripécias lusitanas no mar: "tudo fale a pena, se a alma não é pequena".
     Quem de nós nunca mandou aquele beijo escandalosamente virtual do MSN, pro seu amor; pra um irmão ou irmã; pro pai, pra mãe? Quem? Você não? Tadinho! Pois a rede pode muito bem ser mais um espaço de socialização num mondo onde assaltos acontecem até dentro de cinemas e shoppings; dentro de igrejas? Uma premissa: é um espaço virtual que não substitui aquele mais gostoso: o real. Mas este é outro assunto!
     Minha curiosidade de sociólogo e minha atenção e preocupação de cristão levou-me a ver uma outra parte deste mundo de estradas de fibra ótica; as salas de encontros, as chats. Antes falávamos em dar continuidade às nossas relações afetivas na Rede - não é a homônima rede de Marina Silva, entendamo-nos -, agora falaremos de encontrar, prolongar, perpetuar as relações afetivas na internet. A um tempo atras resolvi conhecer melhor este mundo e descobri coisas fantásticas e ao mesmo tempo paradoxalmente reais. Namoro na rede, casamento pela rede, sexo na rede,... Um mundo de potencialidade das mais exploradas. De fato, estatísticas revelam que mais de 70% do uso que se faz da internet é para buscar sexo e pornografia. Imaginem! Nunca aconteceu de receber um email "desconhecido", um pedido de amizade, uma publicidade, que ti conduzia à visualização de imagens sensuais, sexuais ou pornográficas? Se chegam até nós sem nem mesmo buscarmos, pensem o quanto pode ser garimpado procurando? A quantidade de ouro encontrada na Serra Pelada é fichinha! A descobertas das ressentes reservas de petróleo em Sergipe, uma pechincha!

     1) Como se ativa este mercado? Com as mesmas velhas leis do mercado: oferta, domanda; domanda, oferta! Você põe uma foto sensual, deixando à mostra certa belas partes do seu corpo e todo mundo vai lá - penso ao Facebook - e dá um clic dizendo, "joinha"...do outro lado alguém transforma aquilo em números e, igualmente diz, "joinha"; se quero ter muitas visualizações,... Coloquemos coisas "joinhas". Essa é a mais banal; se é que podemos chamar de banal tal coisa, visto o risco de manipulação de nossas fotos, das dos nossos filhos, de nossas ferias na praia,...o mercado pedófilo-pornográfico se nutri também desta maneira. Poderíamos entar no mundo dos modos de fomentar o mercado, mas, querendo chegar às chats, paremo-nos aqui arrematando assim: se meu provider sabe que um site de encontros virtuais com eventuais possibilidade de uso de webcam, de partilha de fotos "dá IBOPE", oferece a possíveis adquirentes seu produto e a criatividade - e, por vezes, a malícia e a maldade - fazem o resto.

     2) Tipologias de chat: gratuitas e pagas. De partilha de material somente escrito, escrito e falado; escrito, falado e visível (normalmente as mais usadas para bate-papos). De uso público irrestrito, restritas a zonas territoriais, a faixa horária, a faixa de idade. Esta última, absurda, dentre outras coisas, pelo fato que permita a um adolescente, por exemplo plantar-se diante de uma mensagem do tipo 
      - Material vetado para menores de idade.
      - Você tem mis de 18 anos? Entre ou saia! 
Imagine um adolescente mentalmente dando-se a resposta: Puxa! Caramba! (Evitemosoutras expressões exclamativas usuais!) Tenho 17,5,... Saio! Ingênua ou ridícula? Seguramente, nociva!

     3) Chat de encontros. Aqui, irei expor as mais sofisticadas. Aquelas que dão um bônus do tipo, uma semana, grátis para testar, 1 Gb de fluxo grátis,...e que no bem-bom da história faz aquela famosa pesquisa: Gostou? Viciou? Criou laços lá dentro? Pague!


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          Paro por aki, por falta de tempo!
         Continuarei nossa viagem na semana que vem!
         Deixo- vos com um fato histórico. Trata-se de uma frase pronunciada por Howard Carter, quando descobriu a tumba de Tutancâmon (port. Br), Tutancámon (port. Port.), Tutankhamon, aquele faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência. 
         Bem, quando o Lord de Carnarvon, financiador das escavações de Carter, indagou-o sobre o que via desde a fresta feita na tumba, Carter parou, olhou, não acreditou. Olhou de novo, parou e exclamou: COISAS MARAVILHOSAS! 
         Bem, não excluindo as potencialidades nocivas do mal-uso da Rede, devo dizer que, nestas 2 semanas de pesquisa descobri, vi, COISAS MARAVILHOSAS.
         ATÉ A SEMANA QUE VEM!

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