
Quando escutei Eduardo e Mônica, cantado pelo Legião Urbana, amava aquele refrão que "prologando" recitava: "quem um dia irá dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração, quem irá dizer, que não existe razão?!". Esta frase pascaliana era fascinante, pois revelava que nem tudo era guiado pela positivista racionalidade que pensa que somente o racional é real, que o real é racional. Qual razão?



Minha curiosidade de sociólogo e minha atenção e preocupação de cristão levou-me a ver uma outra parte deste mundo de estradas de fibra ótica; as salas de encontros, as chats. Antes falávamos em dar continuidade às nossas relações afetivas na Rede - não é a homônima rede de Marina Silva, entendamo-nos -, agora falaremos de encontrar, prolongar, perpetuar as relações afetivas na internet. A um tempo atras resolvi conhecer melhor este mundo e descobri coisas fantásticas e ao mesmo tempo paradoxalmente reais. Namoro na rede, casamento pela rede, sexo na rede,... Um mundo de potencialidade das mais exploradas. De fato, estatísticas revelam que mais de 70% do uso que se faz da internet é para buscar sexo e pornografia. Imaginem! Nunca aconteceu de receber um email "desconhecido", um pedido de amizade, uma publicidade, que ti conduzia à visualização de imagens sensuais, sexuais ou pornográficas? Se chegam até nós sem nem mesmo buscarmos, pensem o quanto pode ser garimpado procurando? A quantidade de ouro encontrada na Serra Pelada é fichinha! A descobertas das ressentes reservas de petróleo em Sergipe, uma pechincha!
1) Como se ativa este mercado? Com as mesmas velhas leis do mercado: oferta, domanda; domanda, oferta! Você põe uma foto sensual, deixando à mostra certa belas partes do seu corpo e todo mundo vai lá - penso ao Facebook - e dá um clic dizendo, "joinha"...do outro lado alguém transforma aquilo em números e, igualmente diz, "joinha"; se quero ter muitas visualizações,... Coloquemos coisas "joinhas". Essa é a mais banal; se é que podemos chamar de banal tal coisa, visto o risco de manipulação de nossas fotos, das dos nossos filhos, de nossas ferias na praia,...o mercado pedófilo-pornográfico se nutri também desta maneira. Poderíamos entar no mundo dos modos de fomentar o mercado, mas, querendo chegar às chats, paremo-nos aqui arrematando assim: se meu provider sabe que um site de encontros virtuais com eventuais possibilidade de uso de webcam, de partilha de fotos "dá IBOPE", oferece a possíveis adquirentes seu produto e a criatividade - e, por vezes, a malícia e a maldade - fazem o resto.
2) Tipologias de chat: gratuitas e pagas. De partilha de material somente escrito, escrito e falado; escrito, falado e visível (normalmente as mais usadas para bate-papos). De uso público irrestrito, restritas a zonas territoriais, a faixa horária, a faixa de idade. Esta última, absurda, dentre outras coisas, pelo fato que permita a um adolescente, por exemplo plantar-se diante de uma mensagem do tipo
- Material vetado para menores de idade.
- Você tem mis de 18 anos? Entre ou saia!
Imagine um adolescente mentalmente dando-se a resposta: Puxa! Caramba! (Evitemosoutras expressões exclamativas usuais!) Tenho 17,5,... Saio! Ingênua ou ridícula? Seguramente, nociva!
3) Chat de encontros. Aqui, irei expor as mais sofisticadas. Aquelas que dão um bônus do tipo, uma semana, grátis para testar, 1 Gb de fluxo grátis,...e que no bem-bom da história faz aquela famosa pesquisa: Gostou? Viciou? Criou laços lá dentro? Pague!
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Paro por aki, por falta de tempo!
Continuarei nossa viagem na semana que vem!
Deixo- vos com um fato histórico. Trata-se de uma frase pronunciada por Howard Carter, quando descobriu a tumba de Tutancâmon (port. Br), Tutancámon (port. Port.), Tutankhamon, aquele faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência.
Bem, quando o Lord de Carnarvon, financiador das escavações de Carter, indagou-o sobre o que via desde a fresta feita na tumba, Carter parou, olhou, não acreditou. Olhou de novo, parou e exclamou: COISAS MARAVILHOSAS!
Bem, não excluindo as potencialidades nocivas do mal-uso da Rede, devo dizer que, nestas 2 semanas de pesquisa descobri, vi, COISAS MARAVILHOSAS.
ATÉ A SEMANA QUE VEM!
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