23 novembre, 2013

Tempus fugit! O que é melhor que não si faça durante o processo elaboração de um trabalho acadêmico



Redigir um trabalho acadêmico e científico não é um passeio. Pode ser prazeroso, mas este prazer, paradoxalmente é exigente árduo e que requer a perseguição de um método.
Felix Pastor, SI
 Um dos meus velhos mestres, o jesuíta Felix Pastor cunhou uma frase acalentadora sobre o estressante dia da apresentação de um trabalho acadêmico – referia-se à defesa do doutorado – e que compendia o clima que clausura do tempo de construção científica: una hora de humillación, para uma eternidad de gloria. O que estava querendo dizer, aquele velho sábio ibérico, era que até o último instante – o da apresentação de uma tese – somos convidados a aprender com os que nos guiam pelas veredas da pesquisa científica. Eles estão lá, naquele marco acadêmico, para ensinar-nos que outras vias são possíveis, que é muito mais o que se tem que aprender do que o que se tem para ensinar.
Dario Antiseri
Ao fim de uma etapa acadêmica, resolvi coletar algumas pérolas do meu iter, esperando que possa servir a alguém, visto que servirá, antes de mais nada, a mim, pois no mundo da pesquisa acadêmica, cada linha de chegada é também um marco de partida; o que nos motiva sempre a olhar além dos pontuais momentos de desanimo, desespero, euforia, serenidade,... Certa vez li os agradecimentos de uma tese doutoral. Em duas páginas o gilbertofreyreano doutor buscou compendia a lista de fatos e de pessoas que fizeram parte daquela etapa de sua vida. Agradecimento à ex-esposa – o divórcio deu-se naquele período de elaboração da tese – amigos desaparecidos, novos caminhantes, companheiros, naquele seu sentiero, inúmeros Simão Cirineu,... como dizia Agostinho de Hipona, tempus fugit! Assim que é necessário vivê-lo, consumá-lo ainda melhor pois, uma outro verdade, igualmente pragmática, assalta a este tempo: time is money! Assim, viver bem, gastar bem e poupá-lo, melhor ainda é a dica mestra. Vejamos outras.
Phn! (por hoje não): vi uma vez esta frase numa camisa e achei genial. A frase se referia àquele propósito de vida diante dos assaltos quotidianos do Tentador. E a sua tentação era o prazerosa fascínio do pecado mirado desde a perspectiva cristã. O que vale para o fascínio do pecado, pode ser bem aplicado ao fascínio daquelas coisas que desnorteiam-nos, que desordenam a bussola de quem tem prazos e etapas a serem superadas na consecução de uma tarefa acadêmica. Assim que, se você quer ser fiel ao projeto Phn, melhor estabelecer horários para checar e-mails, para relaxar escutando amigos no Face, no Skype, descarregar filmes, vídeos do youtube. Organize seu tempo! A sabedoria do Povo de Israel já ensinava, há muito tempo atrás: há um tempo pra cada coisa! Programe-se! Pois o trabalho de uma semana não pode ser executado em uma noite! A quem, nunca ocorreu de ter que repassar os temas de uma prova, de um exame, na noite anterior? Ai o Tentar chega e diz: traspaçei, descarregue algo do Wikipédia, copie, cole, pergunte a quem está do teu lado,... Trapaças à parte, diante de um texto escrito, de uma prova oral, quem sabe, sabe; quem não sabe,...Nem adianta dizer valha-me Deus! Metas diárias, semanais, mensais, policie-se! E, enfim, quando tiverdes um bloqueio criativo, escreva o que lhe vem em mente, deixe-o repousar; ou: escreva o que vem à mente pois perceberás que uma ideia puxa a outra – como nas conversas de comadre – e quando menos perceber,... terás diante de ti um texto fluindo naturalmente.

To be, or not to be, that is the question. Este solilóquio shakespeareano pode ser lido em muitos modos, eu o leio assim: o que sou, o que quero, de onde vim, para onde vou; ou, em metodológicas palavras: projeto! É necessário ter um projeto antes de iniciar um empresa. Concedam-me uma imagem vulgar, mas muito plástica: provavelmente, a porra louca não fecundará o óvulo fértil. Plasticidades e vulgaridades à parte, se você tem em mente um destino, é necessário traçar a rota. Não tenha medo de perder tempo projetando, pois um bom projeto corresponde a 40% do trabalho a ser realizado. Importante, neste sentido elaborar uma boa introdução e às conclusões prévias. Após a pesquisa, poderás revê-las e reelaborá-las, mas, sabendo de onde você quis partir. A conclusão não pode, não é a última parte de um projeto acadêmico. Ela entra como conclusão definitiva quando for analisadas as hipóteses ou as perguntas de base; e, os objetivos. Mas, é importante que existam, na mente e no papel, ao menos de forma embrionária. É tão importante que, na redação de todo o texto, na discussão dos resultados, a definição das conclusões de sua pesquisa, pode ser de grande auxílio.
 Ex nihilo nihil fit. No seu De rerum natura o poeta e filosofo latino Lucrezio afirma: Principium cuius hinc nobis exordia sumet, nullam rem e nihilo gigni divinitus umquam (I, 149-150), literalmente: o seu fundamento terá, para nós, seu início disso: que jamais nada si gera do nada por vontade divina. Salvando a liberdades da tradução brasílica do texto, emerge um conselho: tuas ideias não nascerão do nada; ou, como diria outro velho mestre, o Professor Dario Antiseri, nossa mente é cheia de preconceitos – colham o sentido etimológico da palavra – e sem eles não temos de onde partir. Assim, na elaboração de uma tese, artigo, monografia, leia o que foi produzido precedentemente sobre o autor ou o teu tema de interesse. Vai servir para melhor entender e, logo, situar, o teu autor ou o tema a que ti dedicas, e ti dará o conforto no momento do confronto permitindo ter mais domínio da questão estudada.
Matéria e forma. Aristóteles, muito antes de nós, já sentenciara que toda substancia é composta, a modo di synolon – junto e inseparável – tem matéria e forma. Dessa alusão aristotélica concluímos que é muito importante das uma forma à matéria para que seja apresentada como lago substancial; em palavras pobres: viva a ABNT! Nunca deixe para formatar teu texto ao final. A forma da material é importante e, alem da cientificidade, revela a personalidade de quem elaborou um trabalho. Aprenda-a previamente e aplique-a na medida em que fores dando forma à matéria produzida. Eduque seu asno computador, desde das primeiras batinas do teclado. Sempre digo para os íntimos: o computador é uma maquina estúpida que fica viciada muito facilmente. Que o vício de seu pc si torne, para você, um virtude. Eduque-o! 
Cogito ergo sum. A locução cartesiana – aparecida no Principia philosophiae 1,7, 10, 1644 – exprime a certeza indubitável que o ser humano tem de si enquanto sujeito pensante. Cientificamente, porem, exclui o famoso pour parler (cfr. Assunto que tratei num post, neste blog), o achismo muito do gosto de nós latinos. Outro dia um amigo de Face escreveu uma MSN louvando a monarquia tupiniquim apresentando-a como coisa boa e justa. Pensei: Ecco! Parler pour-parler! Pensei ao meu colega Laurentino Gomes – o dos 1808, 1822, 1889 – e pensei que se meu amigo de Face tivesse lido ao menos uma parte da trilogia, andaria imediatamente a cancelar seu ideológico post. No mundo acadêmico a coisa é muito mais séria: se não sabes o que dizes, melhor ao dizer! Evite generalidades, comadrismos, servem prum papo de mesa de bar, pra matar o tempo, mas não constrói ciência, nem edifica nenhum cientista. Sejamos sérios: uma afirmação, se não faz parte do limbo dos nossos prejuízos, dos preconceitos, tem que ser respaldada por dados. Conto outra e termino esta parte: certa vez, conversando com um superior na hierarquia eclesiástica que exigia-me reverente submissão, argumentei citando uma autoridade, um grande santo; ao que, meu superior replicou: como santo fulano morreu sem dizer tudo, eu acrescento,... tive vontade de rir pois a frase nova; mas, não vos revelo de quem fosse. Enquanto escrevo estas linhas, vem-me me mente aquela famosa frase de Montesquieu: a tirania de um príncipe, num oligarca, não é perigosa par ao bem comum quanto possa ser a apatia de um cidadão numa democracia.tirem suas conclusões do desfecho da conversa descrita acima; e do conselho que pode ser colhido os que pretender ter algo para ensinar e alguma coisa para construir now. Dê suporte ao que você pensa, pois como a autoridade precisa ser coroada pela virtude; a cientificidade necessita da autoridade que você busca, mas que ainda não tem . Cogito ergo sum!

A semana que vem espero concluir este post e retomar aquele outro: “l’occasione fa l’uomo ladro?”
La settimana prossima spero poter riprendere il testo inconcluso - “l’occasione fa l’uomo ladro? – e concludere questo qua.
A presto, guys and girls!

21 novembre, 2013

Biografia do Facebook e do Twitter


  Ironia e informações são coisas essenciais pra combater a síndrome do pavão internauta. Nunca sustente ideias das quais não estás convencido;  nunca fales do que não sabes; nunca digas ser que não és. Com estas três lógicas e humanas prerrogativas, abro este pequeno post sobre como fazer uma pequena biografia no Facebook, no Twitter, por exemplo. 
     Existirá uma biografia perfeita no Twitter? Pode ser! Sigas estas dicas e tente; quem sabe, não pode ser a sua? Sem muito floreio, vamos aos pontos:
   1) Selecione um público. Eis o primeiro passo: pensar bem ao público ao qual pensamos em abarcar. Muitas das pessoas que nos seguirão não nos conhece logo, a biografia deve ser pensada neste sentido.
    2) Estreitamente pessoal. Deixar bem claro, já na biografia que as opiniões expressas são suas. Assim, se evita problema de trabalho e retaliações legais. Um conhecido foi expulso de uma Universidade por ter descarregado um trabalho da internet; outro, ilustre prelado, solicitará um artigo a um colaborador, este copiou um texto de um autor carioca. Bem, o jornal onde saiu o artigo foi parar o Rio de Janeiro e o ilustre Prelado foi processado tendo que, diante de um Magistrado, pedir desculpas pela falsidade cometida por aquele seu colaborador. Em suma: se não tens o k fizer, não diga, se não sabes o k escrever, não escreva!
     3) Link para os que trabalham. Se si usa o perfil para a sua profissão é melhor indicar o account ou o site da empresa para a qual si trabalha. Se, ao invés, si é estudante, é melhor indicar a escola.
   4) Não necessariamente si deve usar o inglês. Parece contraditório. Basta reler este post :-) Aconselha-se a redação de uma biografia em inglês ou em outra língua somente se realmente será usado nos nossos post e tweet. Do contrário é puro e inútil esnobismo.
   5) Melhor ser um merda que um banal. Sejas geek.  Si você gosta de sair de noite, não és  amantes dos bares e das discotecas mas embaixadores de Foursquare pelos locais noturnos.
    6) Estrategia anti-fastidio. A melhor coisa é evitar provocações: "sigam-me se sois capazes", ou "perfil reservado aos mais inteligentes", é um convite de casamento para os troll que terá você na mira.
    7) Joviais, mas não muito. Outro truque é acrescentar girl (garota) ou guy (rapaz) à sua profissão. Mas é melhor deixar de lado se você tem mais de 50 anos, soaria como algo ridículo.
   8) Vidas ao leo. Se você está realmente passando por um período de crise existencial ou não encontra inspiração para descrever-se, faça uso de um gerador de biografias. Existem muitos.
    9) Adjetivos, na maior liberdade. Se você pretende descrever-se, vale um conselho: faça um elenco de palavras e adjetivos, após, tentem misturá-los tentando dar um sentido para o elenco.e, enfim, 
     10) Devagar com as dependências. É aconselhável evitar sua auto-descrição  como addicted de algo ou de alguém. "Sou viciado em cinema" soa mal, além de ser uma fórmula abusada. Melhor, apaixonado, interessado, amante,.. Afinal, quem gosta de cinema é cinéfilo ;-)

15 novembre, 2013

L’occasione fa l’uomo ladro?

Da un po’ di tempo che rimugino un detto che riflessa un intera visione di mondo e di uomo: l’occasione fa l’uomo ladro. Questo detto intende dire che basta un’occasione perché l’uomo possa rivelare quel lato presuntamente nascosto nel uomo che ricerca solo i suoi interesse, che si lascia trascinare dal proprio vantaggio. In verità, questo detto è presente in tante altre lingue, di sicuro, in portoghese, spagnolo e, come stiamo vedendo, italiano. A questa affermazione mi sono posto la domanda: “posso io, un cristiano, pensare che la mia incondizionata libertà possa essere condizionata al punto di determinare mio modo di agire? Mi vieni, ancora, in mente il filosofo spagnolo Ortega y Gasset che diceva che yo soy yo y mis circunstancias, che io sono io e le mie circostanze.

Andiamo ai fatti: qualche tempo fa ho trovato un confratello, un chierico brasiliano, a Roma. Non potuto nascondere la mia perplessità davanti a quel mio amico, sempre precisino nel modo di vestirsi, con i suoi capelli sacrosantantamenti spaccati da una parte, come i miei amici dell’Opus. Ebbene, mio amico si presenta nella Città Eterna non un pullover,…bucato. Ho provato a far finta di niente anche perché non è che bado tanto a certe cose. Ma, vedere quel mio amico cosi meticoloso nel vestirsi presentandosi in quel modo, mi ha veramente lasciato in stadio confusionale. Alla fine, fu più forte di me; ho detto: fratè, ma dai, questi sono modi di andare in giro per Roma? Ma, il colpo di scena fu la risposta del mio interlocutore: lasciami stare! Non sai che viviamo in tempi di Francesco? (intendeva dir, Papa Francesco).
Sono rimasto veramente male! Pensai: e se per disgrazia ci capitasse un nuovo Pacelli – intendiamoci, nel modo di vestirsi –, o un Borgia? Allora, l’occasione fa l’uomo ladro?
Illustro questo post con un’altra immagine plastica. Qualche tempo fa, una persona a cui sono molto grato e che, dopo tanti anni siamo diventanti compagni di Collegio, a Roma. Questo mio amico, da sempre – almeno da quando lo conosco – si è presentato come l’umana configurazione degl’ideali dell’Opus Dei. E lo diceva a squarciagola! Proprio per questo l’ho sempre rispettato e ammirato. Amava la serena sobrietà liturgica. Bene, passato qualche anno da quando diventò vescovo, lo rincontrai su Facebook; e, in uno di questi giorni, lo vide postare una foto molto fuori coro per i tempi ecclesiastici in cui viviamo. Era ritrattata alcune delle sue insigne episcopali. Suo anello, la catena e la croce pettorale. Tutte, rigorosamente dorate e con pietre incastrate. Non mi meravigliai della foto e molto meno della didascalia, qualcosa come: mentre guardavo nel cassetto, mi confrontai con questi bei regali di Ordinazione dei miei cari amici di… (e scrisse il nome della sua città natale).

   Allora, amici miei, non sono giudici dei miei amici, ma sono un’amante dell’autenticità. Non penso  proprio che l’uomo sia frutto del suo mezzo – anche se la tentazione è grande! –, e molto meno che l’occasione possa far dell’uomo, un ladro. Infatti, sono di quelli che pensano come Aristotele che affermava che l’occasione non fa dell’uomo un ladro, ma offre l’opportunità per far emergere ciò che veramente l’uomo ha dentro di se.
Montarsi la testa, non è altro che pensare che l’occasione sia opportuna, sia favorevole per rivelare ciò che da molto tempo andava nascosto dentro di se; e, penso che sia anche per questo che Goya affermava che la fantasía abandonada de la razón produce monstruos imposibles: unida con ella es madre de las artes y origen de las maravillas (F.J. de Goya y Lucientes, manoscritto conservato al museo del Prado em, E. Helman, Transmundo de Goya, Madrid, Alianza Editorial, 1983).

09 novembre, 2013

La vita, un continuo scegliere

     Non si puo aver tutto e contemporaneamente. Ci ho messo un bel po' per scoprire questa realtà, per tanti, così palese. Per me non lo era perché sia l'ottimismo che ci pervade in certe fase della vita, sia quel desiderio di onnipotenza, quel superuomo, come direbbe  Nietzsche, è un inquilino assai loquace delle nostre nota, dei nostri piani, del nostro ego. Ma arriva il momento in cui bisogna far i conti con la realtà, con la convivenza sociale, con gli ostacoli geografici, umani, mentali, ... Ed è lì che ci rendiamo conto che frequentemente le nostre "corse" verso la perfezione verso la continua ottimazione dei nostri obbiettivi possono condurci verso tutto un altro destino. Ed è lì, ancora, che tutto lo sforzo per essere felici può condurci, insieme ad un'intera generazione, a comporre la fila degli infelici.
     E questo vale per tutti i campi della ricerca della perfezione: il sesso, il potere, la vita interiore,... I più potenti componenti della nostra ricerca della perfezione. Tranne gli infantili ed i narcisisti, chi non ha mai cercato la performance perfetta con suo partner, a letto, in macchina, per strada, tra le famose quattro mure? Ed il desiderio di potenza nietzscheano, fa o non parte dei più reconditi desideri professionali ed interpersonali? Mi vieni in mente un giovane amico che mi diceva di voler perdere 40 kg in picchi mesi. Lui, adolescentemente mi diceva: "volere è potere"! Ed io, da pretino che improvvisava la presenza di un psicologo in quel turno, cercavo di consolare mio amico dicendo che bastava che lui si sentissi bene e che, alla fine, mica era così grasso al punto di diventar brutto. E lui, insistentemente, ribadiva la sua metà e la tempistica per raggiungerla. Ebbene: mio amico c'è la fatta. Ancora più bello di prima, snello, sportivo ad appena un'anno di quel nostro dialogo. Mi meravigliai! Una famiglia attenta, una nutrizionista ed una grandissima forza di volontà  ha fatto si che lui arrivasse a quel traguardo senza farsi del male. La tentazione è pensare che tutto è possibile. Ma non sempre è così!
     
Dentro di questo mondo onnipotente Sia o tentati a credere che tutto ciò che possiamo fare sembra diventare un tutto ciò ed dobbiamo fare. Ma la corsa diventa spesso, assai inutile perché il cammino può diventare così sinuoso, faticoso che il piacere del traguardo non compensa la fatica del percorso. Diceva Raul Seixas, una rockstar brasiliana, tra l'altro, morto giovanissimo, infelice, solitario e dipendente del alcool e delle droghe: che il raggiungimento delle mete intramondane sono l'oro dello stolto; è questo perché il raggiungimento della metà non desta felicità, ma insoddisfazione. 

All'avere, l'essere
     Allora comincio a confrontarmi con degli  amici che mi dicono: Sai cos'è? Non sono così ambizioso e mi sta bene il poco che ho. Poi, non devo necessariamente aver tutto. Uno di questi amici, sabbia gemente mi diceva: "i miei, di estate, si andavano al mare vicino a casa, e per loro, era la figata estiva. Io, che vivo economicamente meglio di loro, per andare al mare, devo prendere un'aereo ed andare in Kenia, in Messico, o, con te, in Brasile". E magari, mentre l'aereo raggiunge l'altitudine di crociera, guardo sotto, e vedo il mare frequentato dai miei genitori, nell'Alto Lazio. E, infine, c'è il rischio del rientro insoddisfatto, nostalgico". 
      Qualche giorno dopo, tornando dall'università, mio "lavoro", guardavo ai miei coetanei, tanti, uomini di apparenza invidiabile, moglie perfette, figli perfetti, carriere perfette,... E nella pausa pranzo, mentre mangiavamo al ristorante o in pizzeria, li ritrovavo lì, a lamentarsi, a piangere su di se è sulla vita che facevano, divorati dall'ansia e dai sensi di colpa. Mentalmente mi aggiungevo al loro coro e mi domandavo ad ogni secondo se avevo fatto abbastanza, se non potevo ottimizzare mio tempo, le mie risorse. Comincio ad imparare: troppe cose insieme non si può fare. È indispensabile? Scegliere è tutto!
     D'altronde, per esempio, ai tempi dei miei, per fare il pollo arrosto, ci si metteva tutt'una giornata; oggi il pollo arriva in forma di NcNuggetts, perché dobbiamo risparmiare tanto tempo. La tecnologia ci spinge è risparmiare tempo con le cose quotidiane per spreccare, magari, su Watts'app, su Facebbok o su qualcosa del genere.
     Da qualche tempo ma questa parte ho riscoperto il piacere di cucinare, di invitare qualche amico a cena, di chiacchierare. Tornando a casa, voglio cogliere le zucchine nel mio orto e cuccinarli condendo con l'olio di oliva ancora fresco, magari, affianco a delle persone che amo, senza il timore della tv, raccontando le fatiche della giornata. 
     Alla fine, anche se ci mettiamo tanto, ci arrivammo a capire che solo superman e wonder womem - super-homeme e mulher-maravilha - possono far tutto, far troppo; ma loro esistono solo tra i quadretti dei fumetti. Oggi, ci fa' bene cercare la soddisfazione; infatti, soddisfatto viene da "satisfice". Ecco il termo giusto da usare in questa fase della mia - spero, anche della vostra - vita ( da soddisfare + bastare ); un concetto mutuato dall'economia che indica il perseguimento non del risultato ottimale, ma del migliore possibile. Che forse, non è affatto male.

02 novembre, 2013

Chat 6: Da fábula à tragédia: histórias iniciadas ou concluídas numa chat

7) Da fábula à tragédia: histórias iniciadas ou concluídas numa chat
   
   Espero concluir hoje, com um pequena apêndice, este percurso introdutório sobre o mundo das chats. Coletei algumas histórias que foram-me confidenciadas outras que se tornaram públicas nos meios de comunicação de massa. Sem que temos muitos "arrodeios", vamos aos fatos.
  A primeira vez que fiquei sabendo da possibilidade de "arranjar-se" na internet foi no ano de 2003, em Roma. Tinha uma amiga, bela, solar e apaixonadíssima de seu igualmente belo namorado. Saiamos juntos de vez em quando. Íamos comer uma pizza, não raramente, jantava em sua casa. Num disse jantares, a notícias tanto esperada: nos casamos! Bonita festa, concelebrei a Missa do casamento enquanto amigo da família. Mas os laços que nós uniam era de amizade. Não me procuraram por ser padre, mas por ser amigo. Minha informalidade imprimiu a imagem do amigo de fato, sem rodeios e sem necessidade do sigilo sacramental contavam-me tudo: eu também! Confidencialmente, amigos! Um bel giorno, minha amiga me liga desesperada. Era passado somente um mês do casamento. Era radicalmente apaixonada do neo-maridinho.
  
Vamos aos fatos: condições-me para uma pizza, somente nós dois. Achei insólita a ida à pizzaria. O que teria acontecido com minha amiga? Recebeu-me com um abraço estreitíssimo; aos prantos. Brasileiramente pensei logo numa tragédia. Teria minha amiga se tornada viúva? Morreu-lhe o pai, a mãe, algum dos avós, a velha bisavô materna, o cão que tinha a venerável metade de sua idade? Pedi uma garrafa de vinho chardonet, pra quebrar o gelo. Por um instante clericalmente pensei: in vino veritas! Senti-me nojento, afinal, foi ela quem convidou-me para um diálogo. A que serviria o vinho? Desbloquear, quem? Deixei meus vícios "profissionais" de lado; abracei outra vez minha amiga. Chuchei com ela sem nem saber o por que. Dai, começou seu monólogo: 

     - Clá, fiz uma merda! Estraguei minha vida, meu casamento!
     Comecei a entender por onde ia a conversa, mas por um instante vi voa mil pensamentos dentro de meu cerebrinho. Mas ela é apaixonada! Continuou:
     - Ontem um rapaz pediu-me amizade no meu perfil profissional do msn. Não titubeei em dar, por razões óbvias! Ele pediu meu celular pois disse-me que o que deveria ser tratado exigia celeridade. Depois de vinte minutos estávamos ali: eu em meu escritório, ele, no seu, falando-me que havia errado o destino do e-mail, mas que era feliz em conhecer-me. Fale que era casada. Bem casada! Mas nem sei bem por que, senti-me atraída por tudo aquilo e,... Pra encurtar a história. Passadas duas horas, na pausa para o almoço, estávamos, ele e eu, num hotel, transando. Quando terminou tudo - que não durou nem uma hora - vi-me ao lado de uma pessoa que se revestia e contava sua satisfação e seu desejo de reencontrar-me. Tive medo! Medo de mim mesma, daquela reação irracional,... Senti-me a criatura mais asquerosa do mundo. Pensei em meu marido, em quanto o amo,... E, eis-me aqui, contigo! Não quero entrar em casa antes de entender o que aconteceu comigo. Quem melhor do que você, para desdramatizar meu drama? 
     Tive medo em decepcioná-la! Estava mais chocado do que ela! Era incopreesivel? Não lhe faltava nada: afeto, sexo, diálogo,... Eram apaixonados! Fiquei em silêncio! Ela chorava e voltava-me seu olhar como quem contemplava uma irmão. Senti-me amado; profundamente amado! Chovei pensando que poderia ter acontecido com uma de minhas irmãs. Pensei no choro arrependido de São Pedro após dar-se conta de ter renegado Jesus. Fiz-lhe três pedidos: quero o chip do celular, seu número e quero que você fique serena. Não é o fim do mundo! 
     
Liguei pro aproveitador, apresentei-me como sacerdote e amigo de sua vítima. Falei que queria encontrá-lo. Diante de sua recusa. Prometi que se ele ousasse lugar somente uma outra vez, retornando a casa encontraria a mim e ao meu amigo, seu marido, esperando-o, pra falar de homem para homem. Ele, silente, tentou dividir pela metade sua responsabilidade. Terminei dizendo: 
     - você não irá encontrar com um padre e um esposo, mas, com dois homens, entendido. 
     Dei meu número de celular, a paroquia onde eu morava. E disse que esperava sua visita. Ele nunca apareceu! Passado um tempo, sugeri que ela contasse para seu marido. Eu o conhecia e sabia o quão profunda era sua humanidade. Felizmente, não me equivocava. Houve perdão, e vivem felizes, ainda hoje. De vez em quando, após uma briguinha de casal, a coisa torna à tona. Mas, é o preço da ferida criada. O preço da sinceridade. Ainda hoje pergunto-me: como foi possível?
     Um segundo caso. Brasileiríssimos! Ocorrido no interior de Sã Paulo. Era o tempo do finado Orkut. Uma adolescente de classe média conhece um rapaz, uns anos mais velho do que ela. Travam semanas de diálogo. Juras, promessas, fantasias. Romanticamente fazem promessas de amor. Ele esteticamente gato, ela, um pouco menos; gordinha, com qualquer complexo análogo aos seus quilinhos pôs-adolescencial a mais. 
     Num dia daqueles, antes mesmo que completassem um mês de paquera virtual, a menina desaparece "no nada". Desaparece um dos carros da família. Tudo vai parar, nas monopolizadas mãos do "Jornal Nacional", na Globo. Partem os avisos de "procura-se Susan desesperadamente". Passa um dia e o noticiário televisivo começa a seguir as "impressões" deixadas pela garota. Primeiro, na Bahia; depois, em Pernambuco,... E aparecem os sinais das cartas de crédito usadas aqui e acolá. Depois de uns dias a polícia localiza a guria, com seu comparsa e amante, em um hotel de Fortaleza. Após alguns dias, a notícia: se conheceram e traçaram o projeto romeujulietiano de viver uma aventura amorosa, a qualquer custo. Depois dessa notícia, soube-se pouco dos dois. Terão permanecido juntos? Superaram as barreiras familiares, a diferença social e de idade? Mas, sabe-se somente de uma coisa: tudo nasceu na Rede. E: o sonho da gordinha que encontrava o príncipe encantado; lindo, alto, malhado, muito provavelmente terminou ali, bem onde tinha iniciado, na fantasia que durou quando pode ter durado um start.
  
  Outro caso, que presencie em primeira pessoa. Acontecido no Alto Lácio, na Itália. Desta vez, a isca foi posta no Facebook. Um amigo conheceu uma garota que residia a uns 700 km de distancia de sua casa. Mais jovem do que ele, muito bonita, meiga, atenciosa, culta. Começaram o namoro virtual, sem que ele tivesse a precaução de pedir outras fotos ou de vê-la na webcam. Durou um mês. Um dia decidiram encontrarem-se. Ela viria a Roma. Ele, como um gentleman decidiu que iria ao seu encontro, estaria juntos uma noite e depois a acompanharia a Roma, para um tour romântico. Chegando no norte da Itália, deu de cara com uma outra pessoa. Entendamos-nos: era a mesma, só que uns 8 anos mais velha, mais gorda (nada contra @s gorod@s! Como diz o velho adágio: entre gustos e colores,...muchos hay. A garota tinha distúrbio bi-polar, uma voz, sui generis, filha única, economicamente dependente dos pais,... Amigo ficou sem saber como gerenciar a situação. Ligou-me contanto o episódio e pedindo conselhos. Pensei a Ronaldo Fenômeno e a tudo o que havia sucedido a ele. Falei pro meu amigo: paciência! Eu sendo você, provaria a reverter o quadro. Com atenção, afeto e cumplicidade, muita coisa pode ser transformada, seja em nós, seja nas pessoas que nos rodeiam. Além do mais nem sempre o prêt-a-portée cai-nos ao corpo como a luva em uma mão. Meu amigo não deixou-se convencer. Engessou-se e foi logo dizendo:
     - Tesouro, a o amor à primeira vista não aconteceu. Entre eu e você,...só amizade! 
     Resumindo: a guria não deu paz pro meu brother. Tem insistido e, ainda hoje se encontram. Ele mais por compaixão; ela, na certeza que ele se dobrará. Veio-me em mente aquela passagem evangélica na qual Jesus fala da viúva insistente que consequências extrai a justiça das mãos de um juiz injusto, por força de "encher-lhe o s,...". 
     Um último caso - mas poderia contar-lhes inúmeros - televisivo. Um jovem conheceu uma menina encantadora e, como dizem alguns,... Muito "liberal". Ele não pensou duas vezes. Tocou fotos, marcou um encontro é,...chegando o dia, conheceu a linda mulher que era de uma "quentura" única, como ele contava. Deram-se uns amassos no carro, jantaram num restaurante e, depois decidiram continuar a que havia iniciado antes da janta num praia, não muito distante dali. Meu amigo nem acreditava ao que lhe estava acontecendo. Chegando à praia, antes mesmo que transcorresse uma meia hora, dois homens anunciar-lhe um assalto. Entram no carro com a ajuda da garota que ia revelando-se cúmplice de um golpe; amordaçam-no. Estranhamente, curram-no sob o olhar impávido da garota. Consumado aquele ato insólito. Vão a um caixa eletrônico, prelevam dinheiro; passam num shopping center, fazem compras com o cartão de crédito da incrédulo rapaz. Feita a festa, lá pra meia-noite, decidem abandoná-lo numa estrada semi-deserta, não antes de envolver seu rosto numa toalha embebida de álcool e atearem fogo. Nem eu mesmo quis acreditar naquele que ouvia! Crueldade encima de crueldade. Ódio de estrangeiros, xenofobia na direção contrária. Fiquei estarrecido ao ouvir a tragédia do rapaz que com o rosto desfigurado, insistia que o melhor modo de conhecer uma pessoa era aquele real, sem pressa.
     Então! Tanto no mundo real quanto no mundo virtual, toda prudência é pouca, todo juízo é convidado a ser fruto de ponderação. Tenho amigos que encontraram os amores de suas vidas em chat; outros que tiveram aventuras fantásticas graças às salas de bate-papo. 
    Relendo os conselhos que ousei-me dar, acho que se pode aprender a usufruir melhor deste grande recurso dos dias de hoje. Usá-lo com sabedoria pois do outro lado da Rede tem um noutro mundo; o mundo de um outro ser, a ser descoberto, a ser respeitado. Insisto em apontar para as bondardes dos tempos de hoje, mas sem a ingenuidade de um adolescente que possa pensar ser onipotente somente por poder edificar pontes, ou construir castelos fictícios. Prudência, respeito, transparência são alguns dos ingredientes necessários para quem quer enveredar-se no emaranhado mundo das redes sociais.
     Quando eu era adolescente tive a oportunidade de conhecer algumas garotas: bonitinhas e simpáticas, novinhas e apressadas, experientes, quentes. Conheci uma que usava aquelas calcinhas com enchimento pra ter um pouquinho de bunda, outra que queria amarrar-me buscando uma gravidez, uma mãe solteira sem pudores, uma guria cheia de "nove horas",... Por isso entendo que na Rede somos passíveis de encontrar "de um tudo", como diria minha mãe! Assim, a coisa melhor é não ter pressa e ver o outro como realmente é: outro; um mundo em si. Nunca minta, seja cortês e, se descobres que o "barco é furado", com muita cortesia, diga, nosso caminho, juntos termina aqui. Se for o caso, fale de suas perplexidades e,... Tchau e benção!
     Particularmente, prefiro usar a Rede para consolidar amizades já iniciadas; para encurtar as distâncias dos amigos que vamos deixando pelo caminho de nossas vidas. Mas, como acho que tem sido claro: penso que cada cabeça é um mundo! Assim, veio-me em mente estas dicas para que, conhecendo os recursos da Rede, si possa aprender a usá-los sem ferir nem ser ferido.